Heloísa Soares de Moura Costa- IGC/UFMG
Coordenação de Concertação Institucional
Geraldo Magela Costa – IGC/UFMG
Rodrigo Ferreira Simões – Cedeplar/FACE/UFMG
Coordenação de Núcleos Temáticos Transversais
1- Econômico
Gustavo de Brito
Edson Paulo Domingues
Ricardo M. Ruiz
Cedeplar/FACE/UFMG
2- Social
Jupira Gomes de Mendonça – EA/UFMG
3- Ambiental
Alisson Flávio Barbieri – Cedeplar/FACE/UFMG
A equipe contou ao todo com 170 participantes, sendo 53 professores, 37 consultores e 80 alunos de
graduação e pós-graduação. Para maiores detalhes, por áreas temáticas, eixos e políticas.
Contratação e Acompanhamento Técnico Institucional - Governo de Minas – SEDRU
Sebastião Navarro Vieira Filho - Secretário de Estado
Alencar Santos Viana Filho - Secretário Adjunto
Maria Madalena Franco Garcia - Subsecretária de Desenvolvimento Metropolitano
Maria de Fátima Abreu - Superintendente de Intermediação para Assuntos Metropolitanos
Harley Silva - Diretor de Projetos Metropolitanos
Léssio Nunes - Diretor de Apoio à Integração de Serviços Metropolitanos
Nesta proposta de planejamento metropolitano, tomamos a transformação social como meta central, entendendo que a sociedade detém conhecimentos importantes sobre sua organização, produção e gestão, envolvendo a tríade em questão – a sociedade, o espaço e o tempo – e deve se constituir, da forma mais abrangente possível, em sujeito e protagonista do seu próprio planejamento.
Acerca de um Plano Metropolitano no contexto da Universidade cabe ressaltar o sentido crítico dos estudos, qual seja, para além da análise operacional dos vários aspectos da questão metropolitana e de sua conseqüente e necessária articulação para fins de definição de políticas, programas e projetos.
Com isto, toma-se o sentido totalizante próprio da crítica, isto é, a rearticulação das dimensões analíticas, parciais e operativas dos vários aspectos abordados com a totalidade na qual essas partes se inserem, neste caso, a sociedade, o espaço e o tempo contemporâneos.
O protagonismo do Estado cede espaço para o co-protagonismo da sociedade civil, em suas diversas instâncias, assim como a crítica supera o sentido puramente analítico e operacional do planejamento reformista, buscando pensar a totalidade e construir processos voltados para a ‘transformação social’, visando o bem público e a construção de processos emancipatórios.
· Marco Teórico Metodológico e detalhamento do Plano de Trabalho – outubro/2009
· II Conferência Metropolitana e apresentação da Proposta do Plano – novembro/2009
· Processo Participativo – Ciclo A – fevereiro a março/2010
· 1º Seminário Estruturador do Plano Metropolitano: Estudos Setoriais – abril/2010
· Processo Participativo – Ciclo B – maio a junho/2010
· 2º Seminário Estruturador do Plano Metropolitano: Propostas Preliminares – julho/2010
· Processo Participativo – Ciclo C – agosto a outubro/2010
· 3º Seminário Técnico do Plano Metropolitano: Apresentação do Plano – dezembro/2010
Foram definidos como órgãos de gestão a Assembléia Metropolitana e o Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano, e como órgão de suporte técnico a essas instâncias de gestão, a Agência de Desenvolvimento Metropolitano.
Participam também do sistema de gestão metropolitana as instituições estaduais, municipais e intermunicipais relacionadas às funções públicas de interesse comum.
Assim definiu-se instrumentos para gestão metropolitana: o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano. Em 2009, recursos do Fundo Metropolitano foram utilizados para contratar o Cedeplar, da UFMG, para coordenar a elaboração do PDDI-RMBH, que contou com dez outros departamentos da UFMG, além da participação da Universidade Católica – PucMinas, da Universidade Estadual – UEMG, e de consultores de outras instituições.
O principal objetivo do PDDI-RMBH é construir um processo de planejamento metropolitano na RMBH envolvendo seus municípios, o estado de Minas Gerais, os órgãos federais atuantes na região e a sociedade civil aglutinada nos movimentos organizados. Trata-se de construir um processo de colaboração e integração de conhecimento no curto, médio e longo prazo, criando uma rede de informação metropolitana que permita a constante análise, crítica e monitoramento das inúmeras ações dos vários agentes que atuam no espaço e território metropolitanos. Espera-se que essa rede seja também apropriada de forma mais ampla pela sociedade civil não-organizada, em especial segmentos sociais que historicamente não tem acesso à informação.
Objetivos específicos:
Produção de estudos referencias para um planejamento compartilhado e continuado da RMBH. Esse processo tem como elemento central a reestruturação territorial para a redução das desigualdades socioespaciais da RMBH, considerando estruturantes a mobilidade metropolitana e as centralidades articuladas em rede. Tem como principal referência a construção de um sentido de cidadania metropolitana que contribua para a integração entre os seus 34 municípios, implicando maior coesão entre os mesmos, a sociedade civil e o Governo do Estado, integrando a RMBH com o espaço estadual e fortalecendo seu papel em Minas Gerais.
Estudos Complementares Prioritários, a cargo de equipes técnicas multidisciplinares para elaboração dos estudos setoriais integrados. Para a elaboração das proposições, as ATTs foram rearranjadas segundo Eixos Temáticos Integradores: Acessibilidade, Seguridade, Sustentabilidade e Urbanidade. A criação desses Eixos permitiu aprofundar a transversalidade entre os temas, resultando na reorganização do Plano em mini-equipes transdisciplinares para a elaboração de Políticas, Programas, Projetos e Ações. Durante o processo, contou-se ainda com duas subcoordenações operacionais: informação/ comunicação e mobilização social/organização local, de carácter estratégico para sua implementação.
O desenvolvimento do Plano fez avançar a estrutura organizacional e metodologica proposta, culminando em estudos setoriais integrados desenvolvidosem áreas temáticas transdisciplinares, estas rearranjadas em eixos temáticos comogarantia da transversalidade dos estudos e propostas de políticas - programas - projetos metropolitanos; sempre norteadas pelas dimensões estruturantes deTerritorialidade e Institucionalidade.
Dados e informações pertinentes ao processo foram coletadas e organizadasem repositório digital, elaborou um Sistema de Informações Geográfica e extensa cartografia de apoio às proposições e análises espaciais. Produtos do Plano e a memória do processo, até o momento, encontra-se disponível no web site desenvolvido para o Plano (www.rmbh.org.br).
Durante o período de elaboração, o Plano envolveu a participação de cerca de três mil atores metropolitanos, quais sejam: Equipe técnica, gestores públicos e sociedade civil. Do processo participativo e estudos técnicos emanaram aproximadamente 300 propostas, contempladas em 28 proposições de Políticas Setoriais, desdobradas em programas e projetos.
Em suas dimensões econômica, social e ambiental propõe o desenvolvimento da RMBH como economia verde e de baixo carbono, pólo de serviços ambientais e de alta tecnologia; uma estrutura de ocupação e uso do solo organizada em rede; compreensão do sistema viário e de transportes como garantidor da mobilidade urbana e metropolitana, priorizando espaços públicos como lugares de lazer, expressão cultural e exercício da cidadania; integração das políticas e ações de utilização dos recursos naturais com as políticas de preservação e valorização do patrimônio natural e cultural da RMBH, o saneamento ambiental e a proposição de soluções para recuperação das áreas mineradas e sua readequação a novos usos.
A criação das Áreas Temáticas Transversais para os Estudos Setoriais, e posteriormente, sua ‘implosão’ e reorganização em quatro grandes Eixos Integradores para a organização das propostas significou um avanço metodológico que certamente pode ser replicado em outras experiencias.